A idéia de fazer um intercâmbio/morar/passear no exterior sempre esteve super presente na minha cabeça, pois estudo inglês desde os 7 anos de idade e desde então sonho em conhecer de perto a cultura e os costumes dos que falam essa língua. Tanto que antes de começar a faculdade até fui atrás (pela primeira vez) das opções disponíveis para realizar esse sonho. Mas, por motivos pessoais, acabei não dando continuidade e resolvi mandar bala na faculdade por aqui mesmo. E agora vejo que foi a melhor coisa que poderia ter acontecido, pois me sinto infinitamente mais madura e segura agora do que com 17 anos. Lembro que nessa época, até passou pela minha cabeça ser au pair, mas nem dei muita bola, porque achava que não daria conta de cuidar de criança (claro, era praticamente uma também!).
Bom, o tempo passou, durante a faculdade consegui um estágio na minha área, que depois virou cargo efetivo, me formei, continuei trabalhando na mesma empresa e uma ”luz” de repente, DO NADA surgiu na minha cabeça de “por que não largar tudo e realizar esse sonho AGORA?”. Até então, isso NUNCA tinha passado pela minha cabeça. Já tinha “me conformado” que só iria para o exterior a passeio em alguma de minhas férias. Porém, com a idéia reacendida dentro de mim, dificilmente algo me faria desistir de novo, afinal com 23 anos, era agora ou nunca.
E eis que em uma conversa com uma amiga, ela sugeriu de a gente passar um tempo fora trabalhando e estudando para, entre tantas outras coisas, melhorar nosso inglês. Perfeito! As duas pensaram a mesma coisa ao mesmo tempo e praticamente pelos mesmos motivos. Eu não me sentia mais a única doida do pedaço que ia largar tudo para se aventurar no exterior.
Aí, começamos a pesquisar as nossas possibilidades de intercâmbio. Nosso sonho sempre foi a Inglaterra, nem cogitávamos Estados Unidos. Mas, todas as opções estavam financeiramente inviáveis. Libra é sempre muito mais cara, Euro também, pechincha mesmo é o dólar. Aí, lembrei do tal do Au Pair que soube da existência há anos atrás e que era possível fazê-lo em alguns países da Europa e que era TOTALMENTE viável financeiramente. Perfeito!
Mas peraí, cuidar de criança? Vocêeeeee? Eu sempre AMEI crianças e bebês. Crianças bonitinhas, educadinhas, limpinhas e alimentadas. Nunca tinha passado pela minha cabeça CUIDAR de criança, o que totalmente diferente. Mas, depois de muito pensar, vi que não seria um bicho de sete cabeças e que, gostando de estar com elas já seria um bom começo. Mas peraí, UM ANO? Até então não passava pela nossa cabeça ficar tanto tempo longe da barra da saia da mamãe. Quando cogitamos o Au Pair, ainda sem saber das regras, pensávamos em ficar somente 6 meses e voltar. Até porque, nossa idéia inicial era um intercambio comum para estudar por apenas alguns meses e que pudéssemos pagar sozinhas, sem paitrocinio (aquela coisa de independência).
Bom, primeiro dilema resolvido: gostamos do programa e optamos por ele, achamos que poderia dar certo e resolvemos ir atrás de todas as informações possíveis. Para começar, fui numa palestra de uma das três agências que visitei. Foi nessa palestra que fiquei sabendo que realmente a duração mínima do programa era de 12 meses. E que, para voltar para o Brasil antes desse período, a au pair teria que bancar a passagem de volta (no valor que você paga para agencia já está inclusa a passagem de volta se, e somente se, completar os 12 meses). Mas, somente em casos EXTREMOS isso aconteceria, já que você se compromete com a host family e acaba criando laços com ela, dificilmente vai querer deixá-la na mão.
Saí da palestra praticamente certa de que não seria au pair porque para mim, não seria possível manter meu namoro à distância por tanto tempo e eu definitivamente não queria terminar, pois nossa relação sempre foi ótima.
E eis que fomos surpreendidos novamente. Meu namorado lindo foi o primeiro a me incentivar totalmente a ir em frente com o Au Pair! Nas palavras dele, eu deveria SIM fazer esse programa porque seria muito bom para mim e se desistisse de viajar por causa do namoro, iria me arrepender profundamente se a gente terminasse por qualquer que fosse o motivo. E ainda reiterou que a gente iria SIM conseguir manter o namoro e que ele iria me visitar. Nossa, nem preciso dizer que fiquei MEGA feliz né? Pronto, segundo dilema resolvido. Toparia ficar o ano completo. Confesso que fiquei muito, mas muito aliviada ao saber que tinha (e tenho) total apoio do meu namorado. Tudo ficou mais fácil desde então, pois também tive TOTAL apoio e incentivo dos meus pais.
Quanto ao país, acabei de decidindo pelos EUA pelo fato de que lá o programa é bem mais conhecido e a língua exigida é o inglês, que eu já falava. Nos outros países da Europa, o salário era um pouco menor e além do inglês, era preciso ter alguma noção da língua do país. Enfim, senti mais segurança por parte dos americano. Nunca tive os EUA como primeira opção de destino, mas já que surgiu a oportunidade, vamos aproveitá-la da melhor maneira possível né?
Acho que já no final de semana seguinte ao da palestra, fui visitar as agências (CI, STB e Experimento) com a minha mãe e uns dois dias depois das visitas, já tinha decidido pela Experimento ( a única representando a Au Pair in America no Brasil) e fui fazer a inscrição. E minha amiga fez a mesma coisa. A saga havia começado.
Resumo da ópera. Decidi ser au pair porque é a maneira mais acessível de se obter experiência no exterior e me encaixo perfeitamente em TODOS os pré-requisitos necessários.
Enfim, agora estou apenas esperando o embarque. Tudo já está praticamente pronto (menos as malas, claro). Vou morar na Filadélfia, estado americano da Pensilvânia, cuidando de 3 crianças (menino de 5 e meninas de 2 anos e 8 e 1 ano e meio). Sim, MUITA responsabilidade. Mas estou muito feliz com essa nova fase e na expectativa de que essa será uma experiência inesquecível. Sou muito curiosa com relação a novas culturas, viagens, lugares. Tenho certeza de que será um ano de amadurecimento e aprendizado contínuos. Estou preparada para encarar todas as dificuldades que sei que vou ter e pronta para tirar a melhor lição delas. Acho que quando a gente encara até as experiências ruins como lição de vida, tudo flui melhor. Vou com os pés no chão, sabendo que não vai ser nada fácil, mas preparada para encarar tudo da melhor maneira possível.
Não foi uma decisão fácil de tomar, mas a cada dia fico mais convicta de que fiz a coisa certa na hora certa. Se não fizesse isso agora, certamente me arrependeria MUITO no futuro.
E é isso minha gente, nada nessa vida é fácil, mas boa parte dela depende do modo como encaramos os acontecimentos. Nossa felicidade só depende de nós mesmos. ;)
Nos próximos posts contarei mais detalhes do processo e muito em breve postarei diretamente dos STAZUNIDUS! =)
eh isso aki Andrei, gostei do seu post! e vc falou e disse, nossa felicidade so depende de nois mesmos! e detalhe.. aki eh tudo muito dificil no comeco, principalmente o gente q tem namorado, mas agente acustuma!
ResponderExcluiroi Glauu! É, acho que quando a gente tem um relacionamento bacana aqui, vale a pena tentar continuar, se não der certo, paciencia, é pq não era pra ser. Mas acho que vale a pena tentar, mesmo com as dificuldades!
ResponderExcluirFico feliz que vc mantem o seu namoro aí! Sinal que é possivel SIM! =)
Beijo
Amor, parabens pelo blog! E sempre vou te apoiar, em tds as situações!
ResponderExcluirVc tinha razao qdo disse q fez a coisa certa na hora certa!
te amo
Eeeeei Andrea, amei esse post, sabe um pouco da sua história pra se tornar Au Pair me deixou mais animada. Já que tb "achava" uma loucura parar a vida aqui para ser "babá". Com certeza, será um ano de muitas coisas boas e aprendizados. Tomou a decisão na hora certa, Deus sabe o que faz. Muita sorte e sucesso. Gostei de você, uma meninas cheia de objetivos e pé no chão.
ResponderExcluirMany kisses sweetie :**
AMEI O POST!
ResponderExcluirQuanta determinação menina!!!
Nossa, lendo seu texto parecia que tava me vendo!
Mas a vida é feita de escolhas ne?
Eu optei ficar aqui e casar, pode parecer antigo e eu nunca me imaginaria dizendo isso...masssss...
São as voltas que a vida dá!
Desde agora, saiba que vc tem mais uma incentivadora aqui! To torcendo muito, pois me identifiquei muito com vc e sua historia!
Bjos
Thalita
Amore!! Vc é lindo! E ai de você se nao me apoiar! kkkkkkkk Te amo!!
ResponderExcluirMariana,
ResponderExcluirQue lindaaaa que você é! Obrigada pelos elogios! =) É bom saber que as pessoas estão curtindo o que a gente escreve!
Passe sempre por aqui e me atualize sobre o seu processo ok?
um beijão e muito sucesso pra ti!!
Thalita,
ResponderExcluirQue bom que vc gostou!! Fico realmente feliz!
E vc está certa, cada um deve fazer o que sente que é melhor para si e para sua felicidade.
Muito obrigada pelo incentivo e pela torcida!
Um beijo!!
Ah, esqueci de falar que lá nos EUA vc pode marcar um treininho com a Dani Tamega ne?
ResponderExcluirhauahuahauaha
Bjoooo
kkkkkkkkkkkk Acredita que foi a primeira coisa que eu pensei??? Pena que ela tá no Havaí..terei que fazer o SACRIFÍCIO de ir pra lá pra treinar com ela! kkkkkkk
ResponderExcluirAndreia!!!
ResponderExcluirSim, é a mesma family. depois que comecei a conversar com a family do match eu estava torcendo pra Hilarry nao querer fechar, pois ela ficava em casa, o que nao me agrada muito!! hehehe
Assim, vou morar perto de Chicago, a familia é linda, e tem um bebe que esta para nascer, adoroo babies!!
Ambos trabalham, schedule fixa é melhor.
Vou em novembro:)
Final do mes vou tirar meu visto :)
Bjux
Oi Alice!!
ResponderExcluirEu também não curti o fato dela ficar em casa o tempo todo. No começo torcia pra ela me escolher, depois achei melhor não. hahahha
Ai que legal! Dizem que Chicago é tudo!!
Ah sem duvida, shcedule fixa é muito melhor.
Boa sorte no visto!
Beijos